domingo, 4 de agosto de 2013

Ética nas Organizações

Os valores pessoais determinam as escolhas que faremos em nossas carreiras. A partir daquilo que aprendemos, acreditamos e valorizamos, tomamos as decisões que valerão para toda a vida e determinarão nossos sucessos e fracassos.

Nesse campo, a conduta ética está no fio da navalha que separa o que é bom para o indivíduo e bom para a coletividade. A reflexão (que daria uma boa discussão de horas) passa por identificar a distância que se estabelece entre o que é bom para a empresa e para a coletividade de seus empregados, para a empresa e a comunidade que a recebe, para a empresa e os seus clientes, para líderes e funcionários.

Um caminho repleto de escolhas, muitas delas mais ligadas a resultados num sentido utilitarista das decisões intermediárias que levam ao objetivo final.

Mas do que dependem essas escolhas?

1. Você recebe uma oferta de uma empresa publicamente reconhecida por causar danos ao meio ambiente para receber o dobro de salário. Você rejeita a proposta de emprego, ou "depende"?

2. Você é responsável por uma area de comércio exterior e precisa destravar um produto parado no porto para não prejudicar a produção. Você paga propina, ou "depende"?

3. Você falha e é o responsável por um vazamento de difícil identificação, mas que pode comprometer a saúde da comunidade. Você divulga, ou "depende"?

4. O ponto de venda lhe oferece uma oportunidade para garantir um espaço comercial importante que lhe ampliaria a chance de atingir suas metas do período. Você "compraria" o espaço mesmo que isso representasse a exclusão de um concorrente daquele canal de venda, ou "depende"?

5. Seu chefe lhe pede para protelar ao máximo os procedimentos de assistência técnica para que o consumidor desista antes de ter que fazer os reparos necessários. Você obedece, ou "depende"?

Depende do que? Você considera que o mal menor justifica evitar o mal maior? Em qual ponto de vista?

É claro que as situações aqui colocadas têm um sentido provocativo e dificilmente podem ser definidas sem uma análise mais ampla dos aspectos que envolvem cada cenário. Servem para despertar a reflexão. Mas o certo é que estamos todos os dias envolvidos em decisões que podem "flexibilizar" perigosamente os padrões de conduta ética, beneficiando individuos em detrimento de outros. Se não somos atores desse processo, muitas vezes assistimos essas práticas como observadores calados.

Embora praticamente todas as empresas incluem no seu discurso a ética como parte do processo de sustentablidade, muitas vezes o conceito está divorciado da prática do negócio premido pela obtenção de resultados de curto prazo.

A principal razão do abandono da ética é que ela exige disciplina, respeito aos valores humanos e sociais e, sobretudo, traduz a certeza de que o sucesso não se faz da noite para o dia.

Eu acredito que as empresas e os profissionais que consideram esse equilíbrio de conduta na sua prática diária estão sempre em vantagem e, por consequêcia, estão mais próximos de bons resultados no longo prazo (os resultados serão sustentáveis).

E você, já teve que fazer escolhas difíceis em sua carreira?

Conta aqui para nós!

Um abraço e até a próxima....

*Texto retirado do blog Carreira, da Época Negócios, escrito por Carlos Faccina.
http://glo.bo/uPp9g2

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