terça-feira, 29 de outubro de 2013

Trocas de emprego - até quantas vezes?


Costumo escutar muitas vezes os líderes dizerem que estão com dúvida de escolher o candidato pois perceberam que o mesmo trocou de emprego algumas vezes. 

Hoje em dia, na minha visão, não vejo isso como um problema, até mesmo porque tive a oportunidade de ajudar muitas pessoas no decorrer desses anos na busca de empregos e percebi o quanto algumas empresas ofereciam algumas posições bem pequenas e com salários baixos e quando a pessoa entra, exige conhecimentos específicos, muitas vezes até fluência na língua inglesa e que fiquem trabalhando até altas horas, sem oferecer o mínimo que a lei oferece. Benefícios então, eram bem limitados, quando oferecia.

E isso, lógico, acabava desmotivando as pessoas e as incentivando a buscarem novas oportunidades, pois percebiam claramente que estavam sendo usadas pela empregadora.

No entanto, voltando ao processo seletivo, claro que o ideal é que esse líder e também o RH tentem entender de fato o motivo das mudanças e claro, verificar principalmente se essa pessoa tem o perfil ideal e as competências necessárias para a posição.

Mas acabei ficando de fato curioso e fui atrás para ver se encontrava alguma pesquisa ou algum especialista que falasse sobre sinais de instabilidade dos candidatos, e não é que achei:





Um estudo da Manpower de 2012, diz que o emprego da vida toda realmente está morto e enterrado e que os selecionadores devem se preparar para as muitas mudanças de empregos. Mas a pergunta é, quantas? 

Os relatórios sugerem que o trabalhador vai mudar em média de 11 a 15 vezes de emprego na vida. A pesquisa também traz que o uso de trabalhadores para cargos temporários aumentou muito nos últimos anos e que o mundo oscilando em suas crises, também fazem das demissões, algo mais comum. 

Esses números então, remetem que a média dos trabalhadores pode estar mudando de emprego entre dois a quatro anos. 

Diante disso, com todas essas mudanças no mundo e no mercado de trabalho, minha sugestão é de termos mais cuidado ao acender o sinal vermelho para as muitas mudanças de um candidato. 

Acho que um boa solução para todos ficarem tranquilos e não ligarem o sinal de alerta rapidamente, é ver se a média de tempo que ele fica em outras empresas está em pelo menos próximo a dois anos.

E você, o que pensa disso? 

Conta para nós.

Um abraço e até a próxima...


Fonte da pesquisa encontrada: Manpower Group US

2 comentários:

  1. Concordo plenamente. Sou professora de inglês e nos últimos 6 anos acumulei 8 escolas no currículo - considerando que em algumas eu trabalhei simultaneamente. Já ouvi comentários de coordenadores, recepcionistas e até de alunos que nós mudamos muito de escola e que deveríamos ficar mais tempo em um lugar. O que sempre respondo é que funcionário satisfeito não sente necessidade de procurar outro emprego. Triste, mas enquanto as escolas continuarem nos tratando como palhaços, vamos continuar pulando de galho em galho à procura de algo menos pior que a situação atual.

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  2. A verdade é essa FUNCIONÁRIO SATISFEITO não muda de emprego, como você citou muitas empresas contratam para cargo X por valor Y mas na prática eles exploram, acredito que o que vale não é o tempo de permanência mas o histórico de trabalho e experiência acumulada. Estou imensamente desapontada com as ofertas e condições de trabalho que venho recebendo, existe também a questão do assédio moral que elimina a produtividade do funcionário e isso acontece o tempo todo em todas as empresas...então sejamos francos, tratem o trabalhador com respeito, paguem pelo que ele realmente faz e o rotatividade diminui escandalosamente.

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